terça-feira, 16 de agosto de 2011

clicRBS 100 anos de Erico Verissimo

Na página da RBS TV na internet, o clicRBS a emissora de televisão destinou uma página em homenagem ao centenário de Erico Verissimo, onde é apresentando toda sua história, os fatos mais importantes de sua vida, suas obras, entre outras muitas coisas.


segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Integrantes do Grupo


O grupo é constituído por Daniel Fogaça, Lucas Mancilha, Diego Pizzolotto e Fernando Severo todos integrantes da turma 2324 do Curso de Eletrotécnica da Fundação Escola Técnica Liberato Salzano Vieira da Cunha.

Análise do grupo sobre o livro Ana Terra

O livro apresenta uma temática interessante, pois mostra como era a vida das mulheres na época , mostrando o desejo de uma mulher de se  apaixonar por um  homem . Mostra também como era o papel da família naquela época. Com convicção afirmamos que o livro traz ao leitor um romance bem atrativo pelas seus temas e também pela sua historia que prende o leitor.

Perfil físico e psicológico de Ana Terra

Ana terra era uma moça de olhos e cabelos pretos, rosto muito claro, lábios cheios e vermelhos, morena ,pele clara, franzina , estatura mediana, cabelos longos (meio das costas e  lisos).

Ela era uma moça muito meiga e inteligente, mas que não pode aproveitar sua vida por causa do machismo dos homens daquela época.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Análise da Obra


Em Ana Terra, o narrador é heterodiegético, ou seja, narra em terceira pessoa, de fora da história contada. A narrativa é quase todo o tempo de focalização zero porque o narrador é onisciente e possui uma visão que abarca o todo, não centrando o foco narrativo em nenhuma personagem específica, excetuando poucos momentos em que há discurso indireto livre. O tempo da narrativa é ulterior, pois conta fatos ocorridos no passado. Apesar de seguir uma ordem cronológica, há em alguns momentos, no decorrer da obra, pequenas analepses, que expressam as lembranças das personagens. O discurso é predominantemente direto ou narrativizado, isto é, as personagens falam diretamente. Mas observamos, em determinadas ocasiões o discurso transposto, ou indireto e indireto livre. O tempo da diegese é bem maior do que o da narrativa, pois é a história de Ana Terra desde a sua juventude até a velhice, contada em poucas páginas. Assim, percebemos várias elipses, ou saltos narrativos sobre períodos da história, como o exemplo abaixo, quando Ana e o índio têm seu encontro amoroso à beira da sanga e logo a história salta, sem maiores detalhes, para os dias seguintes. Há dois espaços importantes. O primeiro é a estância do pai de Ana, onde se encontravam o rancho da família Terra e a sanga que serviu de cenário para o amor da moça com o índio. Esse é um espaço no qual domina um tempo mítico, em que a passagem do tempo não pode ser acompanhada. Não há calendários ou relógios. Simboliza um momento anterior ao mundo civilizado, o das origens. O segundo espaço, ao contrário, é o da civilização. Um pequeno povoado, onde já podemos ter noção do tempo em que nos encontramos. Ana Terra e Pedro Missioneiro são a personagens que representam o fundamento daquilo que será, um dia, a família Terra Cambará. Ao conhecer o índio, a jovem experimenta sentimentos contraditórios. Ao mesmo tempo em que se sente atraída por ele, lhe tem repulsa. Mas aos poucos Pedro, ao som de sua flauta, a vai seduzindo. Maneco, homem que possui a rigidez da terra, também se deixa envolver, de certo modo, pela música do missioneiro, pois é justamente após ouvi-lo tocar que o velho resolve devolver a faca do índio, o que pode ser encarado como uma prova de confiança, não sem algumas reservas, como convém a um homem do tipo de Maneco Terra. Ana e Pedro representam a união da realidade concreta e duradoura com o sonho. Ela vivia isolada na estância e possuía pouco conhecimento do mundo, ele foi o forasteiro que veio trazer-lhe um pouco de fantasia. Mas as personagens masculinas da família Terra cumpriam a função de “podar” o crescimento da semente do sonho no coração da jovem. Assim que ela engravida de Pedrinho Terra, os três homens da família eliminam o índio, fazendo com que Ana volte ao seu mundo de trabalhos sem ilusões. A situação somente se modifica quando, após um ataque de castelhanos, todos os homens que ainda permaneciam na estância são assassinados e Ana resolve ir ao encontro de uma nova vida, deixando para trás seus mortos. É nesse momento que passamos ao segundo espaço da narrativa, o da civilização. Ana começa uma nova etapa de sua existência. Agora é possível acompanhar a passagem do tempo, olhar-se no espelho e conviver com algo mais próximo de um mundo civilizado. Entretanto, sua sina de esperar não é interrompida e, como sabemos, perpetuar-se-á na vida de sua neta Bibiana. Essa é, afinal, a sina das mulheres da família. O confronto que perceberemos entre homens e mulheres, no decorrer de toda a obra O tempo e o vento, pode ser traduzido em oposição entre vida e morte. As mulheres são as geradoras de vida, os homens são os causadores de morte. No episódio “Ana Terra” podemos perceber esse antagonismo em diversos momentos, pois Ana, tolhida pelos homens da família, em muitos momentos deseja a morte, controlando-se por causa do filho, instinto de preservação, mas ao deparar-se com os parentes mortos, é tomada por uma imensa vontade de viver, nem que seja por teimosia. As personagens de “Ana Terra” não possuem complexidade psicológica, são planas como é apropriado a uma história que conta as origens de um povo e, portanto, remete a um tempo mítico. Ao cumprir a missão de ajudar a fundar Santa Fé, levando consigo o filho que será o pai de Bibiana, peça fundamental para o surgimento dos Terra Cambará, Ana Terra encerra o seu ciclo na história, o ciclo que se repetirá através da sucessão de gerações e através da repetição contínua do antagonismo entre os homens e as mulheres, entre a vida e a morte e entre o tempo e o vento.

Adaptações de obras de Érico Veríssimo


Para o cinema

  • Mirad los lirios del campo, Argentina – 1947

Baseado em Olhai os lírios do campo
Direção de Ernesto Arancibia
Roteiro: Túlio Demicheli.
Atores: Jose Olara e Mauricio Jouvert
  • O sobrado, Brasil – 1956

Baseado em O tempo e o vento
Direção: Cassiano Gabus Mendes e Walter George Durst
Atores: Rosalina Granja Lima e Lima Duarte
  • Um certo capitão Rodrigo, Brasil – 1970

Baseado em O tempo e o vento
Direção: Anselmo Duarte
Atores: Francisco di Franco e Newton Prado
  • Ana Terra, Brasil – 1971

Baseado em O tempo e o vento
Direção: Durval Gomes Garcia
Atores: Rossana Ghessa e Geraldo Del Rey
  • Noite, Brasil – 1985

Baseado em Noite
Direção: Gilberto Loureiro
Atores: Paulo César Pereio, Cristina Aché e Eduardo Tornaghi

Para a televisão

  • O tempo e o vento, Brasil – 1967

Telenovela baseada no romance homônimo
Adaptação de Teixeira Filho
Direção: Dionísio Azevedo
Atores: Carlos Zara, Geórgia Gomide e outros
TV Excelsior
  • Olhai os lírios do campo, Brasil – 1980

Telenovela baseada no romance homônimo
Adaptação de Geraldo Vietri e Wilson Aguiar Filho
Direção: Herval Rossano
Atores: Cláudio Marzo, Nívea Maria, João Paulo Adour e outros
TV Globo
  • O resto é silêncio, Brasil – 1982

Minissérie baseada no romance homônimo
Adaptação de Mário Prata
Direção: Arlindo Pereira
Atores: Carmem Monegal, Fernando Peixoto e outros<br
  • Música ao longe, Brasil – 1982

Minissérie baseada no romance homônimo
Adaptação de Mário Prata
Direção: Edson Braga
Atores: Djenane Machado, Fausto Rocha e outros
TV Cultura
  • O tempo e o vento, Brasil – 1985

Minissérie baseada no romance homônimo
Adaptação de Doc Comparato
Direção: Paulo José
Atores: Tarcísio Meira, Glória Pires e outros
TV Globo
  • Incidente em Antares, Brasil – 1994

Minissérie baseada no romance homônimo
Adaptação de Charles Peixoto e Nelson Nadotti
Direção: Paulo José
Atores: Fernanda Montenegro, Paulo Betti e outros
TV Globo
  • O resto é silêncio, Brasil - 2005

Em teledramaturgia especial da RBS TV Cinco vezes Érico.
Direção: Marcio Schoenardie
Atores: Jairo de Andrade (Antônio Santiago), Cristina Kessler (Nora), Leonardo Barison (Roberto), Ida Celina (Lívia), Luciana Rossi (Joana Karewska), Nadya Mendes (Regina), Rodrigo Pessin (noivo), Marcelo Herrera (policial)
RBS TV

Prêmios, Traduções e Documentários sobre o Autor


Prêmios e títulos

Prêmio Machado de Assis, da Cia. Editora Nacional, em 1934, por Música ao longe
Prêmio Fundação Graça Aranha por Caminhos cruzados
Título Doutor Honoris Causa, em 1944, pelo Mills College, de Oakland, Califórnia, onde dava aulas de Literatura e História do Brasil
Prêmio Machado de Assis, em 1954, concedido pela Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto de sua obra
Título de Cidadão de Porto Alegre, em 1964, conferido pela Câmara de Vereadores daquela cidade
Prêmio Jabuti – Categoria Romance, da Câmara Brasileira de Livros, em 1965, pelo livro O senhor embaixador
Prêmio Intelectual do Ano (Troféu Juca Pato), em 1968, concedido pela Folha de São Paulo e pela União Brasileira de Escritores

Traduções

Romances
O sineiro (The Ringer), de Edgar Wallace – 1931
O círculo vermelho (The Crimson Circle), de Edgar Wallace – 1931
A porta das sete chaves (The Door with Seven Locks), de Edgar Wallace – 1931
Classe 1902 (Jahrgang 1902), de Ernst Glaeser – 1933
Contraponto (Point Counter Point), de Aldous Huxley – 1934
E agora, seu moço? (Kleiner Mann, Was nun?), de Hans Fallada – 1937
Não estamos sós (We Are Not Alone), de James Hilton – 1940
Adeus Mr. Chips (Goodbye Mr. Chips), de James Hilton – 1940
Ratos e homens (Of Mice and Men), de John Steinbeck – 1940
O retrato de Jennie (Portrait of Jennie), de Robert Nathan – 1942
Mas não se mata cavalo? (They Shoot Horses, Don't They?), de Horace McCoy – 1947
Maquiavel e a dama (Then and Now), de Somerset Maugham – 1948
A pista do alfinete novo (The Clue of the New Pin), de Edgar Wallace – 1956
Contos
Psicologia (Psychology), de Katherine Mansfield – 1939 (Revista do Globo)
Felicidade (Bliss), de Katherine Mansfield – 1940
O meu primeiro baile (Her First Ball), de Katherine Mansfield – 1940 (Revista do Globo)

Documentário sobre o autor

Um contador de histórias - 1974
Curta-metragem com direção de David Neves e Fernando Sabino
Narração: Hugo Carvana